O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, felicitou Moçambique pela sua prestação no Conselho de Segurança, destacando que o País teve uma participação “magnífica” tenho dirigido debates importantes não só para o continente africano, mas também para todo o mundo.
Falando durante um encontro bilateral com Pedro Comissário, representante Permanente de Moçambique junto da ONU, Guterres indicou que a priorização da relação entre África e as Nações Unidas no topo da agenda dos seus trabalhos resulta da sua convicção de que o continente africano foi vítima dos países ocidentais, em particular os europeus, devido ao colonialismo e ao legado de descolonização.
O responsável argumentou que o processo de descolonização foi efectuado de forma injusta, que deixou o continente africano refém do continente europeu e com escassez de recursos necessários ao seu desenvolvimento.
“Este cenário foi agravado pela exclusão dos países africanos na fundação das grandes organizações internacionais, formadas antes do período das independências africanas”, frisou.
Guterres felicitou igualmente Pedro Comissário pela sua eleição a deputado da Assembleia da República, e indicou tratar-se de uma função de elevada importância, principalmente para revitalizar a relação entre o sistema político e o povo.
Por sua vez, Comissário agradeceu pelas palavras de felicitação do secretário-geral e frisou “nutrir muito respeito e consideração” por Guterres, em particular pelo seu contributo para o fortalecimento da relação entre África e as Nações Unidas.
Todos os anos, a Assembleia-Geral elege cinco de um total de dez membros não permanentes, que, nos termos de uma resolução da ONU, são distribuídos da seguinte forma: cinco africanos e asiáticos, um da Europa de Leste, dois da América Latina e dois da Europa Ocidental, entre outros Estados.