A presidente do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), Luísa Meque, deslocou-se esta sexta-feira (31) ao Maláui para prestar apoio aos moçambicanos que ali procuraram refúgio, na sequência das tensões pós-eleitorais em Moçambique, segundo informou o jornal O País.
Na visita, Luísa Meque enalteceu o acolhimento proporcionado pelo Governo malauiano, destacando a solidariedade demonstrada para com os cidadãos moçambicanos deslocados. A dirigente reuniu-se com a comunidade refugiada, ouvindo as suas preocupações e assegurando o compromisso das autoridades moçambicanas na resposta às suas necessidades.
Entre as principais carências apontadas pelos refugiados moçambicanos encontram-se alimentos, produtos de higiene, vestuário, instalações sanitárias e outros bens essenciais. Em resposta, o INGD fez chegar ao Maláui um carregamento de 72 toneladas de bens alimentares, incluindo arroz, farinha e feijão, bem como 650 unidades de bens não alimentares, tais como produtos de higiene e artigos de primeira necessidade.
No encontro, a presidente do INGD dividiu a sua intervenção em dois momentos: primeiro, reafirmou a disponibilidade de Moçambique em continuar a prestar assistência aos seus cidadãos deslocados; depois, incentivou os refugiados a ponderarem o regresso ao País, garantindo haver segurança no distrito de Morrumbala, província da Zambézia, de onde provém a maioria dos deslocados.
Por seu turno, o alto-comissário de Moçambique no Maláui, Alexandre Manjate, destacou que a ajuda humanitária enviada pelo Governo moçambicano foi bem acolhida e sublinhou que a situação sanitária dos refugiados se mantém estável.
As tensões pós-eleitorais em Moçambique levaram ao deslocamento de centenas de cidadãos para países vizinhos, procurando segurança. As autoridades moçambicanas e malauianas continuam a cooperar para garantir assistência aos refugiados, ao mesmo tempo que se estudam formas seguras de facilitar o seu regresso ao país de origem.