A Associação Moçambicana de Bancos (AMB) anunciou que a taxa de juro de referência para o crédito em Moçambique vai manter-se inalterada em Fevereiro, em 19,0%, após quatro cortes mensais consecutivos.
Desde 2018 que a taxa, conhecida como prime rate, estava em queda, até ao mínimo de 15,5% em Fevereiro de 2021, quando a tendência se inverteu e a taxa começou a subir até atingir 24,1% em Julho de 2023.
Entretanto, a prime rate regressou aos 23,5% em Janeiro de 2024, após seis meses consecutivos em máximos de 24,1%. Desceu em Março do mesmo ano para 23,1%, em Abril para 22,7%, Maio (22,3%), Junho (22%), Julho (21,2%), valor que se manteve em Agosto e Setembro, descendo em Outubro para 20,5%, Novembro (19,8%), Dezembro (19,7%) e em Janeiro deste ano recuou para 19,0%.
As oscilações da prime rate estão associadas à taxa de juro de política monetária (taxa MIMO, que influencia a fórmula de cálculo da prime rate) pelo banco central, para controlar a inflação.
“Esta decisão decorre da manutenção das perspectivas da inflação num dígito, no médio prazo, não obstante o aumento dos riscos e incertezas associados às projecções, com destaque para os decorrentes da tensão pós-eleitoral, do risco fiscal e dos choques climáticos”, sustentou a entidade financeira através de um comunicado.
Adicionalmente, o CPMO decidiu reduzir os coeficientes de reservas obrigatórias para os passivos em moeda nacional, de 39,0% para 29,0%, e em moeda estrangeira, de 39,50% para 29,50%, visando disponibilizar mais liquidez para apoiar a economia na reposição da capacidade produtiva e da oferta de bens e serviços.