A economia sul-africana está a recuperar, graças à redução dos cortes de energia e à formação de um Governo de unidade nacional liderado pelo Congresso Nacional Africano e pela Aliança Democrática.
Esta estabilidade política, aliada à descida da inflação e das taxas de juro, aumentou a confiança dos consumidores e das empresas. Sim Tshabalala, director-executivo do Grupo Standard Bank, regista um aumento das despesas em bens duradouros e não duradouros, um aumento dos pedidos de crédito à habitação e um aumento dos investimentos de clientes comerciais e empresariais.
A confiança renovada é especialmente visível em sectores como a energia, a logística e as telecomunicações. As empresas estão a renovar fábricas, a comprar equipamento e a expandir as infra-estruturas, ajudadas por melhorias na situação energética, e a investir em infra-estruturas de telecomunicações, como o 5G, licenças de espectro e fibra, solidificando ainda mais o crescimento económico. Tshabalala admite que 2024 foi um desafio devido às elevadas taxas de juro e às pressões cambiais, mas está optimista quanto a uma projecção de crescimento de 2% para a África do Sul em 2025 e um crescimento robusto em toda a África Subsaariana.
O Standard Bank está a posicionar-se como um actor crítico no desenvolvimento da energia e das infra-estruturas no continente africano. Com 600 milhões de africanos sem electricidade, o défice energético apresenta oportunidades significativas. O banco está também a capitalizar os ricos depósitos de minerais críticos de África, como o cobre, o cobalto e a platina, essenciais para a transição energética global. O director-executivo destaca a necessidade de infra-estruturas para apoiar as actividades mineiras e de exportação, tais como estradas, caminhos-de-ferro e portos. Através de parcerias com entidades globais como a DP World e a Mota-Engil, o Standard Bank está a facilitar o financiamento e a construção de projectos de infra-estruturas essenciais em toda o continente.
Como a África do Sul preside ao G20 em 2025, a nação tem uma plataforma para defender temas de solidariedade, igualdade e investimento sustentável. Tshabalala, que preside ao grupo de trabalho do B20 (que pretende representar as perspectivas do sector privado e a influência nas decisões políticas globais discutidas no G20) sobre infra-estruturas e finanças, destaca prioridades como a redução do custo do capital em África, o financiamento de transições ecológicas e o aumento da inclusão financeira, apelando ainda a reformas dos sistemas financeiros multilaterais para melhor apoiar os países de rendimento médio e baixo.
Olhando para o futuro, o Standard Bank está a concentrar-se em alavancar tecnologias emergentes, como a Inteligência Artificial e a computação quântica, para aumentar a produtividade, enfrentar os riscos cibernéticos e melhorar as experiências dos clientes, garantindo que se mantém competitivo num cenário global em rápida evolução.
Fonte: Further Africa