A DP World e a Companhia de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC) anunciaram um investimento de 164 milhões de dólares (10,3 mil milhões de meticais) para o início da primeira fase da expansão do terminal de contentores de Maputo, um projecto que visa aumentar a capacidade anual do terminal de 255 mil TEU para 530 mil TEU e com duração prevista de dois anos.
De acordo com o Further Africa, o projecto está a ser executado pela Shafa Construções e as principais melhorias incluem a expansão do parque de armazenamento de contentores para 6,48 hectares, a adição de 400 metros de cais para atingir um total de 650 metros nesta fase e o aprofundamento do calado do cais de 12 metros para 16 metros. Estas alterações permitirão ao terminal receber navios da classe Panamax até 366 metros de comprimento.
Serão também instalados mais de 700 novos pontos de venda refrigerados, apoiando o crescimento das exportações agrícolas, como os produtos cítricos da região do Limpopo, na África do Sul, e de Massingir, em Moçambique.
De acordo com o CEO da DP World para a África Subsaariana, Mohammed Akoojee, “a DP World opera em Moçambique há mais de 20 anos, ajudando a posicionar o país como um centro de comércio regional vital. Este investimento irá transformar o transporte marítimo na costa oriental de África e reforçar o papel de Moçambique como uma porta de entrada de carga fundamental.”
Sumeet Bhardwaj, director-geral da DP World Maputo, por sua vez, descreveu a expansão como um marco importante: “Estamos a construir um terminal para responder às exigências futuras, aumentando a eficiência, reduzindo custos e promovendo oportunidades de comércio na região.”
Já o CEO da MPDC, Osório Lucas, destacou o impacto estratégico mais alargado, salientando: “Este projecto é o primeiro grande passo para reforçar o papel do Porto de Maputo como uma plataforma logística líder na África Austral. Irá aumentar a competitividade, modernizar as operações e tornar as taxas de frete mais favoráveis para os exportadores moçambicanos.”
O terminal actualizado, com a sua capacidade melhorada e cais mais profundo, posicionará Maputo como um dos centros de transbordo preferidos na região até 2026. Espera-se que o investimento impulsione as exportações minerais e agrícolas, reduza os custos logísticos e crie novas oportunidades de emprego no País.