Os Estados Unidos da América (EUA) reafirmaram o seu compromisso com o desenvolvimento do Corredor do Lobito, em Angola, garantindo a continuidade dos investimentos no projecto, mesmo com a transição para a administração do Presidente Donald Trump. A garantia foi dada por Anthony Eterno, primeiro secretário da embaixada dos EUA, durante uma visita ao Porto do Lobito, a 23 de Janeiro.
O diplomata norte-americano sublinhou a solidez das relações entre os dois países e assegurou que os projectos iniciados pela administração anterior serão mantidos e até acelerados. “A relação entre os EUA e Angola é bastante sustentável. Os projectos em curso não só continuarão, como deverão ganhar impulso”, afirmou.
O Corredor do Lobito recebeu mais de 600 milhões de dólares em investimentos dos EUA, com foco na melhoria das infra-estruturas da região. Os recursos foram direccionados para a modernização dos Caminhos-de-Ferro de Benguela, o aumento da velocidade dos comboios e o fortalecimento económico do corredor, que liga Angola aos seus países vizinhos.
O PCA do Porto do Lobito, Celso Rosas, elogiou o apoio contínuo dos EUA e salientou a importância da parceria estratégica entre as duas nações. “A vinda do primeiro secretário da embaixada dos EUA ao Lobito demonstra o empenho do Governo americano em fortalecer a relação estratégica com Angola”, explicou Rosas.
O Porto do Lobito, peça-chave do Corredor do Lobito, passou por melhorias significativas ao longo dos anos. Desde a sua criação, em 1903, o porto foi modernizado, sendo alvo de um grande projecto de renovação em 2012, com a implementação de infra-estruturas de ponta. Mais recentemente, passou a operar com o modelo Landlord Port, com a concessão de terminais à Africa Global Logistics (AGL) e à Lobito Atlantic Railway (LAR).
Estas parcerias têm como objectivo aumentar a eficiência do comércio e melhorar a conectividade económica entre Angola e os países vizinhos. O apoio contínuo dos EUA ao Corredor do Lobito está alinhado com os esforços do país para reforçar as suas infra-estruturas comerciais e promover o desenvolvimento económico na região.
Fonte: Further Africa