A Africa Great Wall Mining Development (AGWMD), companhia mineira de capitais chineses, desembolsou 11 milhões de meticais (172 mil dólares) para financiar as infra-estruturas da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), a mais antiga instituição de ensino superior em Moçambique.
O valor vai ser investido na reabilitação de furos de água existentes, instalação de novos furos e sua integração no sistema de abastecimento de água nos Campos da UEM, em Maputo, e poderá incluir o Bairro Residencial Universitário (BRU).
O acordo visa igualmente patrocinar projectos de investigação, extensão e inovação, iniciação científica, jornadas científicas, feiras de emprego, premiação dos cinco melhores estudantes, feiras e exposições científicas e concursos de inovação, incluindo estágios para estudantes finalistas nas áreas de minas.
O documento estabelece ainda um programa de bolsas de estudo, que inicia no ano corrente, para 100 estudantes da UEM, nos próximos cinco anos, o que significa que, em cada ano, 20 estudantes deverão beneficiar de bolsas para os cursos de Direito, Geologia, Marketing, Agronomia e Engenharia Ambiental.
Para o efeito, assinaram o memorando de entendimento o reitor da UEM, Manuel Guilherme Júnior, e o representante do director-geral da AGWMD, Zou Zheng, acto que teve lugar na última quinta-feira (23), em Maputo.
Durante o evento, o reitor explicou que o memorando surge como resposta à necessidade de a UEM diversificar, cada vez mais, as suas parcerias, um dos objectivos plasmados no eixo da cooperação, previsto no Plano Estratégico da UEM 2018-2028.
“Este memorando de entendimento tem como horizonte regular os termos e condições que vão reger as relações de cooperação nas áreas de formação, investigação científica, extensão e inovação entre as nossas instituições”, disse o director-geral.
O acordo, segundo Guilherme Júnior, também vai promover a empregabilidade dos graduados da UEM, tendo assegurado que já houve uma avaliação concreta de custos para acções imediatas como as bolsas de estudos e das Actividades, práticas de Julho (AJUs) e de Janeiro (AJAs) para os cursos do Departamento de Geologia, da UEM.
“A vossa colaboração demonstra um compromisso notável com o desenvolvimento da educação e bem-estar social no nosso país”, vincou.
Por seu turno, Zou revelou que as bolsas de estudo são completas e incluem alojamento, pagamento de propinas semestrais e subsídios para estudantes e visam abranger estudantes das comunidades onde a AGWMD opera.
“A nossa empresa tem uma mente profunda de que realizamos negócios em Moçambique, portanto, devemos assumir a responsabilidade social de ajudar as comunidades locais a desenvolverem-se”, sublinhou.
Segundo Zou Zheng, a AGWMD vai continuar a trabalhar em estreita colaboração com os departamentos governamentais e associações sociais a todos os níveis no País, como forma de incrementar a cooperação económica entre Moçambique e China.
Vocacionada para a exploração mineira e sediada na cidade de Quelimane, província central da Zambézia, a AGWMD explora uma concessão mineira que abrange cinco distritos da Zambézia: Chinde, Inhassunge, Nicoadala, Nipepe e Pebane.
Fonte: Agência de Informação de Moçambique