Um grupo de investigadores da Universidade de Pittsburgh alcançou um marco significativo no desenvolvimento de próteses robóticas ao criar o toque artificial mais preciso até agora.
O estudo, publicado nas prestigiadas revistas Nature Biomedical Engineering e Science, descreve em pormenor o objectivo desta mão robótica, que consiste em devolver o controlo dos movimentos e das sensações às pessoas que perderam a função.
Para a sensação da prótese, os investigadores colocaram pequenas matrizes de eléctrodos nas partes do cérebro responsáveis pelo movimento e pela sensação da mão. Num dos lados do cérebro, as matrizes permitem que a pessoa mova a mão apenas pensando na locomoção.
No outro lado do cérebro, dedicado ao tacto, o feedback dos sensores no membro robótico pode desencadear impulsos de actividade eléctrica, produzindo uma sensação de toque.
Segundo o site Canaltech, os cientistas queriam garantir que estas sensações de toque eram estáveis, localizadas com precisão e suficientemente fortes para serem úteis nas tarefas diárias, e o teste revelou que quando dois eléctrodos próximos eram estimulados em conjunto, os participantes no estudo conseguiam medir a pressão na parte correcta da mão.

Os responsáveis pelo estudo também se concentraram em tornar o toque artificial ainda mais imersivo e intuitivo, activando grupos de eléctrodos para gerar sensações que poderiam permitir aos utilizadores sentir os limites de um objecto ou o movimento de algo a deslizar pela pele.
“Esperamos integrar os resultados destes dois estudos nos nossos sistemas de robótica, onde já demonstrámos que mesmo estratégias de estimulação simples podem melhorar a capacidade das pessoas para controlar braços robóticos com o cérebro”, afirma o co-autor Robert Gaunt, num comunicado divulgado pela universidade.
A ideia é modernizar invenções que revolucionaram a medicina, devolvendo o tacto a pessoas que perderam essa função, como uma prótese biónica da Cleveland Clinic ou uma mão biónica com IA que está ligada a nervos, músculos e ossos.