A empresa Águas da Região Metropolitana de Maputo (AdRMM) divulgou um prejuízo na ordem de 200 milhões de meticais (3,1 milhões de dólares) resultantes das manifestações violentas convocadas pelo ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane como protesto aos resultados das eleições gerais de 9 de Outubro.
Através de um comunicado, a entidade descreveu que a situação causou a destruição de várias infra-estruturas públicas e privadas, com destaque para as de abastecimento de água, localizadas ao longo da cidade e província de Maputo.
“Registou-se a destruição de lojas, condutas de água, painéis eléctricos, muros de vedação e materiais de escritório, que geraram prejuízos financeiros significativos, totalizando aproximadamente 200 milhões de meticais”, descreveu a empresa.
A AdRMM sublinhou que o actual cenário compromete directamente a qualidade e a continuidade do abastecimento de água potável, expondo as comunidades ao risco de doenças e atrasando investimentos em projectos de expansão e reabilitação da rede.
“Além disso, a recuperação dos danos exige recursos que poderiam ser alocados para melhorias e ampliação dos serviços, retardando ainda mais os esforços para prover água potável a áreas sem acesso ao serviço”, secundou.
Neste sentido, a instituição reforçou “a necessidade de se proteger as infra-estruturas de toda a cadeia de abastecimento de água” e apelou aos consumidores para que contribuam “para a continuidade do serviço de provisão de água remunerando os seus consumos, assegurando-se, assim, a sustentabilidade do sistema de abastecimento.”
“A vandalização de bens públicos afecta não apenas o funcionamento das infra-estruturas, mas também a saúde pública e o desenvolvimento social. Cada acto de preservação é um passo essencial para garantir água potável de qualidade para todos”, sustentou.
Mondlane declarou ainda que, “caso estas medidas não sejam implementadas, a qualquer momento, antes dos 100 dias, vamos retomar as manifestações de rua e de forma muito mais intensa.”