A Kenmare Resources terminou o ano de 2024 com um lucro líquido de 1,3 mil milhões de meticais (20,9 milhões de dólares), impulsionado pelas suas operações na mina de Moma, localizada na província de Nampula, no Norte do País, informou O Económico.
A empresa é um dos principais produtores mundiais de minerais de titânio, utilizados no fabrico de pigmentos de dióxido de titânio, amplamente aplicados nas indústrias de tintas, plásticos e papel.
Em 2024, a mina produziu 1,09 milhão de toneladas de minerais, incluindo ilmenite, zircão e rutilo, e registou uma posição líquida de tesouraria de 3,7 mil milhões de meticais (58,9 milhões de dólares), contra 1,3 mil milhões de meticais (20,7 milhões de dólares) em 2023. O dividendo por acção foi de 15 cêntimos de dólar, equivalente a 64% do lucro líquido, com a Kenmare a distribuir um total de 17,6 mil milhões de meticais (280 milhões de dólares) aos seus investidores desde 2019.
A empresa destaca-se como um dos maiores contribuintes de impostos no País e tem reportado esforços para impulsionar a economia local, contratando fornecedores moçambicanos e fortalecendo o corredor de Nacala. Além disso, 97% dos seus trabalhadores são moçambicanos e a Kenmare afirma ter investido mais de 1,2 mil milhões de meticais (20 milhões de dólares) em projectos comunitários desde 2004, nas áreas da educação, saúde e infra-estruturas.
Em termos de sustentabilidade, mais de 90% da energia utilizada na mina de Moma provém de fontes hidroeléctricas. Em 2024, foram plantadas mais de 200 mil árvores como parte de um programa de reabilitação ambiental.
A mineradora também está a implementar projectos para aumentar a eficiência e a produção, que incluem a relocalização da Fábrica A, com um custo de 341 milhões de dólares, e o início da Operação de Mineração Selectiva (SMO) em 2025, que deverá acrescentar 50 mil toneladas por ano à produção.
A concessão da mina foi renovada pelo Governo até 2058, garantindo a continuidade das operações a longo prazo. A Kenmare afirma que estes projectos estratégicos permitirão aumentar a capacidade da sua produção e reforçar a sua contribuição para a economia moçambicana.