O município da Matola avançou estar a decorrer a implementação de um projecto que visa a melhoria da mobilidade urbana. Trata-se do “Move Maputo”, avaliado em 250 milhões de dólares (15,8 mil milhões de meticais), disponibilizados pelo Banco Mundial que prevê a construção de um sistema de transporte denominado “Bus Rapid Transit (BRT)”.
Citado pela Rádio Moçambique, o engenheiro responsável pelo projecto, Camilo Macunguele, explicou que, nesta primeira fase, estão a decorrer trabalhos de reabilitação e alargamento de algumas vias de acesso abrangidas pela iniciativa, salientando que o objectivo é proporcionar melhores condições às pessoas residentes na Área Metropolitana do Grande Maputo.
“Espera-se que o projecto facilite o transporte de mais de 124 mil pessoas por dia, evitando que percorram grandes distâncias para apanhar os autocarros. O BRT vai iniciar o seu funcionamento a partir da baixa da cidade de Maputo e vai prolongar-se pelas avenidas Guerra Popular até a Praça dos Combatentes, ligando a Magoanine até à Missão Roque”, detalhou.
O engenheiro sublinhou ainda que para o melhor desempenho do BRT, está prevista a aquisição de “carros eléctricos e a gasóleo para permitir o transporte da cidade para a província e vice-versa.”
Segundo a apresentação conhecida na altura, a primeira rota partiria da Praça dos Trabalhadores, na baixa da capital, usando a Avenida Guerra Popular, passando pela Avenida Acordos de Lusaka até à Praça dos Heróis, depois pela Avenida das FPLM até à Praça dos Combatentes, tomando a Julius Nyerere até à Praça de Magoanine.
Esta linha teria uma ramificação, que iria da baixa de Maputo e tomaria a Eduardo Mondlane até à zona do Museu. A essas rotas, seriam alocados 78 autocarros articulados, veículos maiores do que os que circulam normalmente na capital, com 160 lugares cada.
A segunda linha partiria também da baixa, seguindo pela Avenida de Moçambique até ao Zimpeto. Para esta, estavam previstos 120 autocarros, igualmente com 160 lugares cada.