Considera-se “love brand” quando uma marca é gostada pelos consumidores e consegue criar laços emocionais com os mesmos, ao transcender a relação tradicional que existe entre empresa e cliente.
Uma “love brand” não é apenas uma empresa, uma loja, um produto — é uma representação dos valores e das crenças com os quais o consumidor se identifica. Por isso, os fãs incorporam a marca na sua personalidade e estilo de vida.
Esta ligação é tão forte que os consumidores não têm olhos para os concorrentes e passam a “defender a marca com unhas e dentes”. Muitas vezes, os fãs não são, sequer, seus clientes, mas gostam de exibir e defender a marca. Alguns chegam a tatuá-la no corpo.
A gestão da marca desperta esse sentimento e define qual a imagem e o posicionamento que quer conquistar na mente dos consumidores. Com isso, consolida a sua identidade e desperta a identificação das pessoas.
Uma “love brand” não é apenas uma empresa, uma loja, um produto – é uma representação dos valores e das crenças com os quais o consumidor se identifica
Mas é claro que essa relação depende de outros factores para prosperar. Marcas que são amadas devem nutrir o relacionamento com o consumidor, de maneira que este continue a perceber o valor dessa relação para a sua vida.
É aí que o marketing entra em acção, com estratégias que reforcem os laços, valorizem os fãs e aproximem a marca dos consumidores.
O que faz uma marca ser amada?
Geralmente pensamos que as nossas decisões de compra são muito racionais. Identificamos necessidades, analisamos opções, comparamos preços, lemos avaliações, pesamos prós e contras e escolhemos o que comprar.
Mas a verdade é que essa decisão é muito mais emocional do que imaginamos.
As compras são muito mais influenciadas por percepções e sensações do que por atributos funcionais. Gerald Zaltman, professor em Harvard, diz que 95% da tomada de decisão de uma compra acontece no subconsciente.
Muitas vezes, os fãs não são, sequer, seus clientes, mas gostam de exibir e defender a marca. Alguns chegam a tatuá-la no corpo
Então, mesmo sem se dar conta disso, as pessoas conectam-se a determinadas marcas porque representam aquilo que elas acreditam, que querem expressar ou como se querem sentir. Perceba, por isso, como as marcas que usa ou admira dizem muito sobre a sua personalidade.
Quando os consumidores se identificam com uma marca, passam a confiar nela, no que diz e no que vende. Sem olhos para os concorrentes, a decisão de compra fica mais fácil. Ou seja, existe também um escape inconsciente para o excesso de opções — o paradoxo da escolha —, que sobrecarrega a mente e pode paralisar o consumidor.
As empresas, por sua vez, já sabem muito bem como funciona o comportamento do consumidor. Por isso, o branding explora esse potencial de conexão entre marca e consumidor ao definir uma identidade clara e transmitir a sua essência em estratégias de marketing. Assim, os laços tendem a se fortalecer.
Fonte: Rockcontent