Os fiscais florestais do Parque Nacional do Limpopo, na província de Gaza, Sul do País, anunciaram nesta terça-feira (21) a suspensão temporária da greve que durou uma semana, uma decisão que surge depois de falhadas as negociações com a administração do parque e a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), noticia a Lusa.
De acordo com o órgão, o inspector do parque, Henriques Chicanda, afirmou: “Demos uma folga à nossa instituição e à administração central, de 20 de Janeiro a 5 de Fevereiro, para resolver pelo menos os dez pontos principais.”
Mais de 60 inspectores paralisaram o trabalho na semana passada, exigindo o pagamento de subsídios e ajustes salariais. Apesar das negociações realizadas na quinta-feira (16) com as autoridades da ANAC e os gestores do parque, não houve avanços significativos no sentido de atender às principais reivindicações.
Entre os pontos críticos estão o pagamento dos subsídios fúnebres, de localização e de risco, a formalização das nomeações, o acesso a empréstimos bancários, assistência médica e a inclusão na Tabela Salarial Única (TSU), em vigor desde 2022.
Segundo Chicanda, a ANAC propôs que os fiscais, que estão sem contrato de trabalho há sete anos, assinassem contratos de um ano com empresas e organizações parceiras do parque. No entanto, a proposta foi recebida com descontentamento.
“O grupo ficou com lágrimas nos olhos porque não era isso que estávamos à espera. O que precisamos agora é de contratos por tempo indeterminado, que passem pelo tribunal administrativo para a devida validação, seguidos de nomeações permanentes”, explicou.
A suspensão temporária da greve tem por objectivo dar tempo à administração e às autoridades centrais para encontrarem soluções viáveis. No entanto, se as reivindicações não forem satisfeitas dentro do prazo estipulado, os inspectores poderão retomar a greve