Pesquisadores realizaram uma ponte entre a ficção científica e realidade ao criar uma robô humanóide de tamanho real, projectado para combater a crescente epidemia de solidão.
Melody foi apresentada durante a Consumer Electronics Show (CES) 2025, em Las Vegas, no dia 7 de Janeiro. Criada pela empresa pioneira em tecnologia Realbotix, Melody foi desenvolvida com o objectivo de tornar os robôs “indistinguíveis dos humanos”, conforme explica Andrew Kiguel, CEO da empresa. A robô humanóide promete acabar com a solidão e apresenta características físicas e movimentos extremamente realistas – é uma representação do futuro da interacção entre humanos e Inteligência Artificial (IA).
Com um design futurista e de figura esculpida, Melody é descrita como uma companheira cibernética que pode manter contacto visual e realizar uma variedade de movimentos e acções, algumas delas lembrando cenas de ficção científica, como as vistas em Black Mirror ou no filme Megan.
A robô humanóide promete acabar com a solidão e, apesar das imagens das suas funcionalidades ainda não estarem disponíveis, a empresa responsável já demonstrou outros robôs, como Aria, um modelo loiro que interage com respostas automatizadas.
Na sua conversa com a media, Aria partilhou que a missão da empresa é focada na inteligência social e em criar robôs personalizáveis com características humanas realistas, especialmente para companhia e intimidade. Segundo Aria, o objectivo é proporcionar interacções significativas e divertidas, aprimorando a experiência humana.
Em relação a Melody, a empresa garantiu que a robô foi desenvolvida com a combinação de tecnologia de IA de código aberto e motores avançados, o que garante maior fluidez de movimento e versatilidade. O modelo é modular, podendo ser facilmente transportado, desmontado e montado novamente, o que aumenta a sua aplicabilidade para diversas funções, desde o entretenimento até áreas como saúde e educação.
Andrew Kiguel, CEO da Realbotix, revelou que o objectivo da empresa é levar interacção com robôs a um “nível totalmente novo”, oferecendo modelos que podem actuar como parceiros românticos ou companheiros de longa data. A empresa pretende criar um robô que não só forneça companhia, mas que também seja capaz de recordar ao utilizador quem ele é e interagir de forma profunda.
Contudo, apesar das implicações mais íntimas da tecnologia, a empresa esclareceu que a robô humanóide Melody não foi desenvolvida para ser um objecto sexual.
A Realbotix também confirmou que os seus robôs podem, sim, realizar programas mais “apimentados” e interagir em conversas adultas, se desejado.
Fim da solidão?
Apesar das suas características avançadas e poder de personalização, o preço da robô humanóide Melody não é acessível para todos, pois está a ser vendida por 175 mil dólares (11,1 milhões de meticais). Mesmo assim, a possibilidade de ter um robô humanóide altamente personalizável e interactivo pode ser o futuro da interacção social e da tecnologia virada para a companhia e saúde mental.
Fonte: Click Petróleo Gás