O Fundo Monetário Internacional (FMI) projectou a Etiópia como líder do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de África em 2025, com uma previsão de 6,5%. Este desempenho reflecte a resiliência da economia etíope, que, apesar de desafios como conflitos e inflação nos últimos anos, continua a apresentar bons resultados.
De acordo com uma publicação do Further Africa, o crescimento da Etiópia tem sido impulsionado pelos investimentos em infra-estruturas, agricultura e energia. Além disso, o país tem implementado reformas económicas focadas na produtividade, o que tem criado condições para atrair mais investimentos estrangeiros e promover um desenvolvimento sustentável.
Em segundo lugar, o Quénia deverá alcançar um crescimento de 5% em 2025, devido aos esforços de diversificação da economia e ao fortalecimento do seu sector financeiro. A inovação digital, em especial o dinheiro móvel e a fintech, tem sido um factor-chave para a inclusão financeira e o estímulo ao empreendedorismo no país.
A posição estratégica do Quénia como centro comercial da África Oriental também tem favorecido o seu crescimento económico. Além disso, investimentos contínuos em energias renováveis e na indústria transformadora reforçam as suas perspectivas de desenvolvimento nos próximos anos.
O Egipto ocupa o terceiro lugar, com uma previsão de crescimento de 4,1%. A estabilidade do país tem sido impulsionada por reformas estruturais ambiciosas e pela expansão do seu sector industrial, além da sua estratégica localização geográfica, com destaque para o Canal de Suez e o sector energético em expansão.
Apesar disso, o Egipto enfrenta desafios contínuos com a inflação e a necessidade de garantir um crescimento económico mais equitativo. A capacidade do país em lidar com esses problemas será crucial para assegurar um crescimento sustentável a longo prazo.
Por fim, a África do Sul apresenta uma previsão de crescimento modesto de apenas 1,5%, a mais baixa entre as principais economias africanas. Os desafios estruturais, como as crises energéticas e o elevado desemprego, exigem reformas urgentes para desbloquear o pleno potencial da economia sul-africana e garantir a estabilidade económica regional.