O Ministério das Relações Exteriores (Foreign Office, em inglês) do Reino Unido divulgou os nomes dos 54 países mais perigosos do mundo. Na lista constam vários destinos africanos, incluindo Moçambique, e recomenda-se aos turistas a não os visitar, sobretudo este ano.
Conforme a publicação, do total, 11 estão completamente fora dos limites, a destacar Chade, Níger, Líbia, Mali, Burkina Faso, República Centro-Africana, Sudão, Sudão do Sul, Somália, Iémen e Moçambique.
Na mesma lista, 19 estão parcialmente fora dos limites, que são Argélia, Mauritânia, Saara Ocidental, Tunísia, Egipto, Eritreia, Etiópia, Quénia, Tanzânia, Uganda, República Democrática do Congo, República do Congo, Angola, Camarões, Nigéria, Benim, Togo, Gana e Costa do Marfim.
O Birmingham Mail sublinhou que o Foreign Office adicionou recentemente nove novos países à sua lista vermelha, nomeadamente a Rússia, Bielorrússia, Ucrânia, Irã, Sudão, Líbano, Moçambique, Mayotte e Nova Caledónia.

O fundador da Wild Frontiers, Jonny Bealby, reconheceu que apesar de mundo parecer um lugar perigoso, ainda existem inúmeros destinos que não são desaconselhados, que podem oferecer experiências incríveis, citando a “Guatemala, Omã, Quirguistão e Camboja”.
Moçambique viveu um clima de instabilidade devido às manifestações gerais convocadas pelo ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, que reivindicava a vitória das eleições presidenciais de 9 de Outubro, das quais, segundo os resultados apresentados pelo Conselho Constitucional (CC), quem saiu vitorioso foi Daniel Chapo e a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder desde a Independência.
Os protestos começaram a 21 de Outubro em todo o País, causando a morte de mais de 50 pessoas, feridos graves e ligeiros, bem como a vandalização de infra-estruturas públicas e privadas, violência extrema por parte da polícia e dos cidadãos moçambicanos, obrigando ao encerramento e à paralisação dos serviços. Estes actos levaram também o Governo sul-africano a encerrar temporariamente a fronteira do Lebombo, que liga os dois países.