O Governo japonês, um dos principais financiadores de projectos de desenvolvimento em Moçambique, garantiu nesta sexta-feira, 17 de Janeiro, que vai manter a cooperação com o País, pedindo ao Executivo uma rápida estabilização da segurança e “diálogo” entre todas as partes.
“O Japão tenciona continuar a cooperação com Moçambique para a prosperidade dos povos de ambos os países, com base na amizade de longa data”, refere-se numa declaração do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros japonês, Kitamura Toshihiro, citado numa nota divulgada pela Embaixada do Japão em Maputo.
“Esperamos que o novo Governo de Moçambique garanta uma situação de segurança estável o mais rapidamente possível e promova ainda mais a política democrática, através do diálogo entre todas as partes interessadas”, acrescenta-se.
O processo em torno das eleições gerais de 9 de Outubro ficou marcado por consecutivas manifestações convocadas pelo ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados, que degeneraram em violência, saques e destruição de infra-estruturas públicas e privadas, com registo de mais de 300 mortos e acima de 600 pessoas baleadas.
Para a execução dos mesmos, a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação da altura, Verónica Macamo, e o embaixador do Japão em Moçambique, Hamada Keiji, assinaram três acordos de doação na forma de “troca de notas”.
“Os acordos estabelecem o fornecimento de viaturas às forças policiais moçambicanas para a melhoria do combate ao terrorismo em Cabo Delgado, e vão impulsionar o desenvolvimento da Central Eléctrica de Nacala”, destacou, na altura, o diplomata japonês.