O Presidente angolano, João Lourenço, estimou esta sexta-feira, 17 de Janeiro, que a economia angolana cresceu acima dos 4% em 2024 e que o sector não-petrolífero cresça perto dos 5% este ano.
O chefe do Estado angolano, que se encontra em Paris no âmbito de uma visita de Estado à França, onde se encontrou já com o homólogo, Emmanuel Macron, discursava no Fórum de Negócios Angola-França que reúne empresários e investidores dos dois países.
Ontem, quinta-feira (16), França e Angola assinaram contratos de cooperação e investimento no valor global de 442 milhões de dólares, nos sectores da água, irrigação, meteorologia, saúde, entre outros.
João Lourenço realçou o fortalecimento da cooperação bilateral entre ambas as nações e salientou que “o mundo vive hoje um momento determinante para redefinir os paradigmas de crescimento económico e de cooperação internacional.”
Neste contexto, apontou França como “um parceiro estratégico crucial para apoiar Angola no percurso de diversificação económica”, enquanto Angola “oferece oportunidades únicas de investimento”, destacando-se os recursos naturais abundantes e a localização estratégica para acesso aos mercados regionais e globais.
“O fortalecimento de parcerias público-privadas, aliado a um ambiente de negócios favorável, será essencial para que sejam alcançados resultados concretos”, sublinhou, acrescentando que Angola tem criado condições para promover a competitividade, o empreendedorismo e a inovação, reduzindo o papel do Estado na economia e investindo na expansão das redes de transporte e logística.
Entre os projectos emblemáticos, destacou o Corredor do Lobito, envolvendo Angola, a República Democrática do Congo e a Zâmbia, com impacto directo “em sectores estratégicos como a agro-indústria, a mineração e a energia, áreas nas quais Angola possui vantagens comparativas substanciais.”
O Presidente assinalou que a parceria com França e, no geral, com a União Europeia “assume uma relevância cada vez maior”, dando como exemplo a iniciativa Global Gateway que pretende melhorar a conectividade e a infra-estrutura, e o Acordo de Facilitação de Investimentos Sustentáveis.
“Este é um grande momento para consolidarmos estas oportunidades, através de parcerias público-privadas e da cooperação directa entre empresas dos dois países”, afirmou, frisando o empenho do Governo em prosseguir com “reformas essenciais para simplificar e agilizar os processos de concretização do investimento privado, a dinamização dos mercados financeiro de capitais e a contínua melhoria do ambiente de negócios.”