Os preços do petróleo estão a recuperar terreno depois de terem registado a maior queda em mais de um mês, já que as sanções dos Estados Unidos da América (EUA) aplicadas ao mercado energético russo continuam a impactar as negociações.
Além disso, as reservas de petróleo bruto dos EUA caíram 2,6 milhões de barris na semana passada, de acordo com o American Petroleum Institute. Se os dados finais divulgados no final da semana se confirmarem, esta será a oitava queda.
O contrato de Fevereiro do West Texas Intermediate (WTI) – de referência para os EUA – soma 0,84% para os 78,15 dólares por barril. Já o contrato de Março do Brent – de referência para o continente europeu – ganha 0,65% para os 80,44 dólares, recuperando da queda de 1,4% da sessão anterior provocada pelas crescentes expectativas de um cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
Os compradores de “ouro negro” russo estão a procurar outras fontes de oferta. Na China, as petrolíferas nacionais e as refinarias têm comprado cargas provenientes do Médio Oriente, por exemplo.
Esta subida das cotações inesperada contraria as expectativas do mercado para este ano, uma vez que se esperava que a oferta ultrapassasse a procura.
O foco dos investidores estará hoje nos outlooks mensais tanto da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) como da Agência Internacional de Energia (EIA). Além disso, os investidores procuram sempre por mais indicações sobre as políticas de Donald Trump, que podem mexer com a negociação, caso o Presidente eleito avance, por exemplo, com maiores restrições às importações iranianas.