Os preços do petróleo estão a aliviar, depois de o Brent ter chegado a subir 5% nas duas últimas sessões, à boleia das recém-anunciadas sanções à indústria petrolífera russa.
A esta hora, o contrato de Fevereiro do West Texas Intermediate (WTI) – de referência para os Estados Unidos da América (EUA) – recua 0,22% para os 78,65 dólares por barril. Já o contrato de Março do Brent – de referência para o continente europeu – perde 0,33% para os 80,74 dólares.
Apesar desta descida, o petróleo mantém-se perto de máximos de quatro meses, com o mercado expectante em relação ao pacote de sanções, que visa, em particular, duas empresas que gerem mais de um quarto das exportações de crude da Rússia por via marítima: a Gazprom Neft e a Surgutneftegas, que exportaram cerca de 970 mil barris por dia nos primeiros dez meses de 2024 (30% das vendas russas).
A administração de Joe Biden sancionou ainda algumas seguradoras e 180 embarcações comerciais vitais para o negócio.
Estas são as sanções mais agressivas que Washington já aplicou a Moscovo desde que estalou a guerra na Ucrânia há mais de dois anos.
A condicionar os preços poderá estar também a divulgação dos dados da inflação norte-americana nesta quarta-feira, 15 de Janeiro.
“As notícias em torno das sanções contra o petróleo russo têm sido o motor dominante dos preços do crude na semana passada e, combinadas com os dados económicos resilientes dos EUA, a dinâmica mais apertada entre a oferta e a procura tem tido algum impulso”, disse à Reuters o estratega de mercado do IG, Yeap Jun Rong.