À semelhança do Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, o chefe do Estado angolano, João Lourenço, também estará ausente na cerimónia de tomada de posse do novo Presidente de Moçambique, Daniel Chapo.
Neste sentido, o Governo angolano enviou ao País o ministro de Estado e chefe da Casa Civil, Adão de Almeida, para participar na investidura que irá acontecer nesta quarta-feira, 15 de Janeiro, na Praça da Independência, na cidade de Maputo.
Para este dia em que são esperados mais de 2 mil convidados, o Executivo moçambicano decretou tolerância de ponto, uma medida extensiva ao sector público e privado, não abrangendo, contudo, trabalhadores “cujas actividades, pela [sua] natureza, não podem sofrer interrupções.”
O Conselho Constitucional de Moçambique proclamou a 23 de Dezembro Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), como vencedor da eleição a Presidente da República, com 65,17% dos votos.
Moçambique vive numa situação de instabilidade pós-eleitoral, com manifestações violentas por quase todo o País. No sábado passado, Venâncio Mondlane apelou a três dias de paralisação em Moçambique a partir desta segunda-feira, 13 de Janeiro, e a “manifestações pacíficas” durante a posse dos deputados ao Parlamento e do novo Presidente da República, contestando o processo eleitoral.
Desde 21 de Outubro, quando começou a contestação ao processo em torno das eleições gerais de 9 de Outubro, o registo da plataforma eleitoral Decide (organização não-governamental que acompanha o processo) contabilizou já quase 300 mortos e mais de 600 pessoas baleadas.