O Gabinete de Isaura Nyusi, em parceria com o United Bank for Africa (UBA), disponibilizou 2 milhões de meticais (31 mil dólares) para apoiar as vítimas do ciclone Chido, que atingiu, no mês passado, a província de Cabo Delgado, no Norte de Moçambique.
Durante a entrega do cheque ao Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), Isaura Nyusi, primeira-dama de Moçambique, afirmou que a verba deve ser direccionada para o distrito de Mecúfi, uma vez que foi o mais afectado pela passagem do fenómeno climático, tendo causado a destruição de infra-estruturas públicas e privadas, dezenas de mortos e milhares de desalojados.
“Sabemos que com este gesto singelo não conseguiremos suprir as necessidades das vítimas, das calamidades naturais, na sua generalidade, mas pretendemos demonstrar a nossa solidariedade de modo a aliviar o sofrimento dos nossos irmãos e compatriotas”, acrescentou.
Isaura Nyusi aproveitou a oportunidade para apelar à população no sentido de ser mais cautelosa e atenta aos alertas de emergência emitidos pelas entidades multissectoriais que trabalham na gestão dos desastres naturais, para uma melhor prevenção e, assim, evitar danos e destruições no seio das famílias moçambicanas.
“Ao nosso parceiro de cooperação, representado pelo Banco UBA, reiteramos o nosso agradecimento e esperamos que este gesto sirva de exemplo a ser replicado por outras entidades, assim como apelamos para que haja uma gestão transparente do donativo”, sublinhou.

O ciclone tropical intenso Chido, de nível 3 (numa escala de 1 a 5), atingiu a zona costeira do Norte de Moçambique na madrugada de 14 de Dezembro, enfraquecendo depois para tempestade tropical severa, continuando, nos dias seguintes, a fustigar as províncias nortenhas do País com chuvas muito fortes acima de 250 milímetros em 24 horas.
Dados actualizados recentemente pelas autoridades moçambicanas adiantam que pelo menos 120 pessoas morreram e outras 868 ficaram feridas durante a passagem do ciclone Chido, e foram afectadas 687 630 pessoas (correspondente a 138 037 famílias), residentes nas províncias de Cabo Delgado, Niassa, Nampula, Tete e Sofala.
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afectados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre Outubro e Abril.