A refinaria National Petroleum Refiners of South Africa (Natref) sofreu um incêndio a 4 de Janeiro, danificando a sua unidade de destilação de crude e levantando preocupações sobre o abastecimento de combustível de aviação ao Aeroporto Internacional OR Tambo, em Joanesburgo. Perante o risco de escassez, as autoridades sul-africanas estão a implementar medidas urgentes para garantir o fornecimento contínuo, e Moçambique surge como uma das alternativas estratégicas.
De acordo com o portal Engineering News, a Airports Company South Africa (ACSA) assegurou que recebeu garantias da Fuels Industry Association of South Africa (FIASA) de que acções de mitigação estão a ser adoptadas para evitar perturbações no abastecimento de combustível.
Actualmente, o aeroporto dispõe de reservas suficientes para suprir a procura até 20 de Janeiro, mas entre essa data e 27 de Janeiro será necessário recorrer a soluções alternativas para garantir o fornecimento.
Uma das principais medidas anunciadas envolve o transporte de 31 000 m³ de combustível por oleoduto a partir de Durban, com chegada prevista ao aeroporto a 27 de Janeiro.
No entanto, para reforçar o abastecimento, a prioridade está a ser dada ao transporte ferroviário de combustível, incluindo remessas provenientes do terminal da Matola, em Moçambique. Além disso, outras estratégias estão a ser avaliadas, como o abastecimento a partir de aeroportos alternativos e a injecção directa de combustível na refinaria da Natref.
A ACSA garantiu que todas as acções necessárias estão a ser tomadas para evitar impactos operacionais no aeroporto e comprometeu-se a fornecer actualizações regulares sobre a situação. A África do Sul depende fortemente de importações para suprir a sua procura de combustíveis, sendo Moçambique um dos pontos estratégicos mais relevantes para a logística petrolífera da região.