A Associação Industrial de Moçambique (AIMO) mostrou-se preocupada com os impactos da instabilidade pós-eleitoral no sector industrial, alertando que a vandalização de fábricas e unidades produtivas compromete investimentos futuros e ameaça milhares de postos de trabalho, segundo informou o portal Carta de Moçambique.
A organização defende a criação de um programa de recuperação industrial, apelando ao novo Governo para que adopte medidas concretas que incentivem a retoma da produção e restaurem a confiança dos investidores nacionais e estrangeiros.
A AIMO, que integra a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), destaca que a destruição do património industrial pode agravar o custo de vida e aumentar o desemprego, afectando directamente a população.
“Os processos de industrialização são fundamentais para a criação de empregos e infra-estruturas essenciais. A destruição das fábricas representa um enorme retrocesso para o desenvolvimento do País”, afirmou Rogério Samo Gudo, presidente da AIMO, citado em comunicado.
A associação expressou solidariedade às empresas afectadas pelos actos de vandalismo e às famílias que perderam membros durante as manifestações. No entanto, não revelou dados concretos sobre o número de fábricas atingidas nem os prejuízos acumulados, informando que ainda decorre o levantamento de informações em coordenação com a CTA.
Diante da crise, a AIMO reforça o apelo à estabilidade e ao diálogo, pedindo a todos os moçambicanos que evitem actos de violência e apostem em soluções pacíficas para resolver divergências.
A organização insta ainda o Governo a criar políticas que garantam a recuperação do sector industrial, assegurando a protecção das unidades produtivas como pilares essenciais para o desenvolvimento e prosperidade do País.