O mercado de capitais em Angola tem atraído cada vez mais a atenção de investidores locais e estrangeiros, devido às oscilações e rentabilidades oferecidas. Entre as opções disponíveis, destacam-se algumas acções cotadas na Bolsa de Dívida e Valores de Angola (Bodiva), que “podem apresentar taxas de retorno superiores às de investimentos tradicionais.”
As acções do Banco Angolano de Investimentos (BAI) são um exemplo claro desse potencial. “Desde a sua estreia em Junho de 2022, as acções do BAI mantiveram uma taxa de valorização anual próxima de 49%”. Este valor supera as taxas de depósitos a prazo, que variam entre 15% e 20%, e também ultrapassa os rendimentos das Obrigações do Tesouro, que, embora apresentem menor volatilidade, geram um retorno inferior.
Além da bolsa, o mercado imobiliário também surge como uma opção de investimento, mas com prazos mais longos e exigência de capital inicial mais elevado. A compra de moeda estrangeira, por sua vez, “pode ajudar a proteger o poder de compra contra a desvalorização cambial, mas não gera ganhos comparáveis aos das acções.”
Especialistas recomendam “uma análise cuidadosa” antes de investir, considerando factores como inflação, taxas de juro e divulgação dos relatórios de contas das empresas cotadas na Bodiva. “Estes relatórios, previstos até Fevereiro de 2025, permitirão uma avaliação mais precisa dos riscos e da sustentabilidade do crescimento observado até ao momento”, acrescentam.
A diversificação é uma estratégia indicada para equilibrar ganhos e riscos, combinando acções com produtos de menor volatilidade, como obrigações e depósitos a prazo. O desempenho das acções do BAI ilustra o “potencial do mercado de capitais angolano”, mas os investidores devem continuar a acompanhar o mercado e a realizar uma análise fundamentada.
O mercado de capitais em Angola segue em evolução, revelando “oportunidades que podem superar alternativas mais conservadoras.” A divulgação de novos dados e relatórios ajudará os investidores a tomarem decisões mais informadas e adequadas ao seu perfil de risco.
Fonte: Jornal de Angola