O Governo carece dos fundos necessários para pagar aos funcionários públicos o 13.º vencimento correspondente ao ano 2024, informou esta segunda-feira, 13 de Janeiro, o primeiro-ministro, Adriano Maleiane, citado pela Agência de Informação de Moçambique.
“Não temos condições. Há muitas questões por resolver, como as horas extra. Não conseguimos ter dinheiro para pagar”, afirmou o governante.
O responsável, que também é ministro da Economia e Finanças, destacou: “Conseguimos pagar o salário normal (Dezembro) e, agora, estamos a trabalhar para que não falte salário no mês de Janeiro.”
Adriano Maleiane explicou que o 13.º salário sempre foi tido como dependente da existência de disponibilidade financeira. “Fechámos as contas em Dezembro e notámos que não havia disponibilidade”, reiterou, sublinhando: “Honestamente, havia vontade (de pagar), mas os últimos acontecimentos implicaram uma reprogramação do orçamento.”
Importa referir que o governante falava durante a cerimónia de tomada de posse nesta segunda-feira, 13 de Janeiro, dos 210 deputados da Assembleia da República (AR), eleitos para a décima legislatura. Porém, dois partidos, a Renamo e o MDM, que juntos contabilizam 36 deputados, boicotaram a cerimónia, conforme tinham anunciado previamente.
A sessão foi dirigida pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, que chegou à AR por volta das 9h55. Durante a cerimónia, 210 deputados compareceram à investidura e tomaram posse, comprometendo-se a defender os interesses do povo no Parlamento.
“Os dados apurados indicam que estão nesta sala 210 deputados eleitos, sendo 171 da bancada parlamentar da Frelimo e 39 do Podemos. Assim, estão reunidas as condições regimentais para a investidura dos deputados à Assembleia da República”, declarou o Presidente Nyusi, após o secretariado da AR contabilizar a presença dos parlamentares.