Uma investigação levada a cabo pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, revelou que comer cinco ou mais porções de chocolate amargo por semana está associado a uma redução de 21% no risco de desenvolver diabetes tipo 2.
Os resultados, publicados em Outubro na revista científica The BMJ, analisaram a saúde e os hábitos alimentares de 111 654 enfermeiras que, entre 1970 e 1980, registaram os tipos de chocolate que comiam. O grupo foi seguido durante 25 anos, o que permitiu aos investigadores chegar a duas conclusões diferentes:
- O consumo de cinco ou mais porções de chocolate amargo por semana foi associado a uma redução de 21% do risco de desenvolver diabetes de tipo 2, em comparação com o consumo de chocolate raramente ou nunca; e
- O aumento do consumo de chocolate de leite, mas não de chocolate amargo, foi associado a um ganho de peso a longo prazo.
Para tornar os resultados mais precisos, foram excluídos dos estudos os indivíduos com um consumo excessivamente elevado ou baixo de calorias e foram tidos em conta vários factores-chave do estilo de vida e da alimentação nos registos das pessoas que participaram efectivamente na investigação.
A principal hipótese dos investigadores é que, por ser rico em flavonóides, substâncias com efeitos antioxidantes, anti-inflamatórios e vasodilatadores, o chocolate amargo promoveu benefícios cardiometabólicos e reduziu o risco da doença.
No artigo, os autores sublinham que o estudo tem limitações, mas que os resultados são suficientemente fortes para justificar uma investigação mais aprofundada sobre a relação entre o chocolate amargo e a redução do risco da diabetes tipo 2.
“A ingestão de leite e chocolate branco pode não levar aos mesmos benefícios metabólicos para a saúde devido ao seu maior teor de açúcar adicionado – um factor de risco dietético estabelecido para doenças cardiometabólicas”, descreve a investigação.
Estima-se que em 2045 haverá 700 milhões de pessoas a viver com diabetes tipo 2.
Fonte: Canaltech