O Município de Maputo reconheceu dificuldades na recolha de cerca de 1200 toneladas de resíduos sólidos produzidos diariamente, agravadas pela vandalização de equipamentos durante os protestos pós-eleitorais em Moçambique, informou a DW.
Segundo João Munguambe, vereador de infra-estruturas do Município de Maputo, Sul do País, a paralisação prolongada também deixou milhões de toneladas de lixo acumuladas nas ruas.
“O desafio em relação à recolha de resíduos sólidos continua, sobretudo porque há que continuar a retirar o lixo produzido diariamente que é na ordem de 1200 toneladas por dia, mas também temos outros milhões que não foram recolhidos no período das paralisações”, afirmou o responsável.
Além disso, moradores de bairros como Georgi Dimitrov e Maxaquene têm realizado acções de protesto, incluindo o despejo de lixo em vias públicas e instituições, como forma de pressionar as autoridades municipais a resolver o problema da recolha de resíduos.
Em declarações à comunicação social, João Munguambe indicou que a vandalização de 67 contentores e vários veículos de recolha de lixo durante protestos pós-eleitorais contribuiu para o défice na recolha de resíduos sólidos, indicando que a autarquia está a mobilizar meios para reforçar a sua capacidade face às dificuldades.
“Neste momento estamos a mobilizar meios adicionais para fazer a recolha (…) estamos a trabalhar no sentido de repor a capacidade, mas também reconhecemos que para resolver o problema das toneladas de lixo, fora as de produção diária e daquele que se deixou de recolher quando não se podia, precisaríamos de mais ou menos uma semana de trabalho extra com meios adicionais”, declarou Munguambe, pedindo pelo menos duas semanas para fazer a recolha total dos resíduos na capital.