O Governo angolano estimou perdas de 157,4 milhões de dólares resultantes da exportação da madeira serrada em 2024, período em que encaixou apenas 4,5 milhões de dólares, segundo dados oficiais.
De acordo com a Lusa, Angola exportou um volume de cerca de 17 mil metros cúbicos de madeira serrada, em 2024, para os mercados de África, Ásia, Europa e América, conforme uma nota do Ministério da Agricultura e Florestas.
Segundo o documento, a facturação resultante da exportação da madeira serrada foi de 4,5 milhões de dólares. O Estado angolano “está a perder muito dinheiro na operação da madeira”, refere-se na nota apresentada na terça-feira (24), durante a cerimónia de cumprimentos de fim de ano do departamento ministerial.
O Ministério da Agricultura e Florestas do país estima que, pela capacidade anual de madeira exportável (360 mil metros cúbicos) na floresta nativa, Angola deveria ter registado uma facturação próxima de 162 milhões de dólares – contra os 4,5 milhões de dólares encaixados – ao preço médio de referência de 450 dólares.
Pelo menos 146 989 metros cúbicos de madeira em tronco foram licenciados em Angola no âmbito da Campanha Florestal 2024, tendo as autoridades arrecadado 687,2 milhões de kwanzas (753 mil dólares) como resultado das taxas de exploração e outros serviços.
O sector público produziu, em 2024, um total de 1,5 milhão de plantas de mudas florestais e o sector privado produziu 3,1 milhões de mudas para a cobertura de 4184 hectares, com o objectivo da “renovação e expansão” das áreas ocupadas pelos polígonos florestais estabelecidos nas províncias de Benguela, Huambo, Bié e Huíla.
Para 2025, o Ministério propõe-se garantir a melhoria dos serviços de fiscalização, um maior engajamento e participação da Comissão Multissectorial para a Criação do Serviço Nacional de Guarda Florestal e Faunística e a dar continuidade a acções de formação e capacitação dos apicultores.