Várias companhias aéreas, incluindo a Turkish Airlines, a TAAG e a Qatar Airways, anunciaram a suspensão de voos para o País devido à grave instabilidade política e social que Moçambique tem enfrenta desde as eleições gerais de Outubro, segundo informou a Lusa.
A Turkish Airlines cancelou os voos previstos entre Joanesburgo e Maputo na rota Istambul-Maputo, agendados para esta quinta-feira (26), citando preocupações com a segurança. A decisão surge após o Conselho Constitucional confirmar a vitória de Daniel Chapo, do partido Frelimo, com 65% dos votos, um resultado contestado por líderes da oposição devido a alegações de fraude eleitoral.
A TAAG também suspendeu os voos programados para terça-feira, dia 24 de Dezembro, entre Luanda e Maputo. Num comunicado, a companhia aérea angolana justificou a medida como precaução para garantir a segurança de passageiros e tripulação face às manifestações e confrontos violentos registados nas ruas de Maputo.
A Qatar Airways, por sua vez, anunciou o cancelamento do voo Maputo-Doha, previsto para quarta-feira (25), solicitando aos passageiros que procurem assistência para remarcações ou reembolsos.
A Airlink, companhia sul-africana, suspendeu alguns dos seus serviços diários entre Joanesburgo, Cidade do Cabo e Maputo, enquanto mantém operações para outros destinos moçambicanos, como Beira, Nampula e Pemba.
A crise pós-eleitoral, marcada por protestos, pilhagens e barricadas, já causou mais de 150 mortes e paralisou sectores essenciais, incluindo o transporte aéreo. As companhias aéreas reforçaram o compromisso de monitorizar a situação e informaram que retomarão as operações assim que as condições de segurança permitirem.
O impacto das tensões ultrapassa as fronteiras de Moçambique, afectando mobilidade e economia regional, especialmente durante o período de festas e viagens de negócios.