O Presidente da República, Filipe Nyusi, garantiu que o Governo continuará a mobilizar apoios para assistir as vítimas do ciclone Chido, que recentemente atingiu a província de Cabo Delgado. A promessa foi feita na sexta-feira (20), durante a sua visita ao distrito de Mecúfi, ponto de entrada do fenómeno climático no País.
Segundo o jornal notícias, Nyusi destacou que, apesar dos esforços já em curso, os recursos disponíveis ainda são insuficientes para atender a todas as necessidades das populações afectadas. “Fiquem firmes, o Governo está convosco. Sabemos que esta população não gosta de dependência, mas, porque o mal vos atingiu, aceitem que vos apoiemos”, disse o chefe do Estado durante um encontro com os residentes locais.
Entre as prioridades identificadas pelo Governo estão a distribuição de abrigos provisórios, como tendas e lonas, a provisão de alimentos, água potável e medicamentos, bem como o restabelecimento da energia eléctrica. Nyusi apelou à celeridade na entrega desses apoios, dado o risco de novas chuvas intensas na região.
Durante a visita, o Presidente interagiu com as vítimas e os membros do Governo distrital, visitou o hospital local, que ficou destruído pelo ciclone, e conversou com os profissionais de saúde que atendem pacientes em instalações improvisadas. No local, defendeu que a reconstrução deve incluir melhorias significativas na qualidade das habitações e das infra-estruturas.
“É nas crises que aprendemos a fazer melhor. Precisamos de reflectir sobre o tipo de casas que serão construídas daqui para a frente. Por isso, a minha equipa inclui geógrafos e especialistas para ajudar a redesenhar o ordenamento territorial das áreas afectadas”, sublinhou Nyusi.
Além de Mecúfi, o chefe do Estado sobrevoou o distrito de Metuge, outra área gravemente afectada pelo ciclone. Nyusi reforçou que o Governo decretou dois dias de luto nacional em memória das vítimas, após avaliar a magnitude dos estragos.
Conforme destacou, as autoridades e os parceiros internacionais estão empenhados em fortalecer a resposta humanitária e acelerar a recuperação das zonas devastadas, enquanto trabalham para prevenir futuros danos provocados por fenómenos climáticos extremos.