Depois de ter atingido mínimos de um mês imediatamente após a Reserva Federal (Fed) ter adoptado uma postura mais hawkish para o próximo ano, o ouro encontra-se agora a corrigir das perdas e a negociar em território positivo.
O metal precioso avança 1,29% para 2618,59 dólares por onça, depois de ter chegado a desvalorizar mais de 2% e tocado em mínimos de 18 de Novembro. O ouro tende a beneficiar de uma política monetária mais flexível, uma vez que não rende juros e é vendido no mercado internacional em dólares.
Após a reunião do banco central, Jerome Powell indicou que novas reduções nas taxas directoras teriam de estar sempre dependentes de sinais de recuo da inflação, que continua a apresentar grande resistência aos esforços da Fed. “A grande questão que se coloca aqui é: como o banco central diz que continuará a depender dos dados, se as políticas de Trump levarem a um aumento da inflação, podemos ter o risco da Fed não reduzir as taxas de juro no próximo ano”, explicou Kelvin Wong, analista de mercados sénior da OANDA, à Reuters.
Antes de a semana acabar, os investidores vão ainda conhecer novos dados económicos que podem influenciar a posição da Reserva Federal no próximo ano. Esta quinta-feira, 19 de Dezembro, vão ser conhecidos os dados finais da evolução do Produto Interno Bruto nos Estados Unidos da América no terceiro trimestre do ano, bem como os pedidos de subsídio de desemprego relativos à semana passada.