O Governo está em conversações com empresas brasileiras do sector dos biocombustíveis para atrair investimentos e estabelecer parcerias na produção local, informou o jornal notícias esta terça-feira, 17 de Dezembro.
De acordo com órgão, a iniciativa faz parte do Pacote de Medidas de Aceleração Económica (PAE) e visa reduzir a dependência dos combustíveis fósseis através da promoção de alternativas sustentáveis.
A equipa do PAE, liderada pelo coordenador João Macaringue, reuniu-se há dias com representantes de empresas brasileiras interessadas em desenvolver o sector no País. O encontro surgiu na sequência da conclusão de um estudo de viabilidade do mercado de biocombustíveis, elaborado em parceria com as consultoras GreenLight e LBC, com financiamento da International Finance Corporation (IFC) e apoio do USAID SPEED (projecto que providencia serviços técnicos especializados ao Governo de Moçambique para apoiar reformas económicas e estruturais em vários sectores).
O relatório identifica culturas como a cana-de-açúcar e a mandioca para o bioetanol (combustível obtido através da fermentação e destilação controladas de resíduos vegetais), bem como oleaginosas, como a soja e o girassol para o biodiesel.
A análise aborda igualmente o quadro regulamentar, as infra-estruturas necessárias e as oportunidades de investimento, em conformidade com a medida que prevê a mistura obrigatória de biocombustíveis locais com combustíveis importados.
Os especialistas defendem a implementação de mecanismos de incentivo, como subsídios, créditos de energia renovável e quotas obrigatórias, para tornar os biocombustíveis mais competitivos e atrair novos investimentos.
Com isso, o Governo espera impulsionar a produção local e contribuir para o crescimento sustentável da economia moçambicana.