A Zâmbia e o Maláui suspenderam a importação de combustível através do porto da Beira devido às manifestações e tumultos que se verificam no território nacional depois das eleições gerais realizadas no dia 9 de Outubro, informou o jornal O País.
De acordo com o órgão, a empresa de combustíveis Puma Energy Zâmbia ordenou, no início de Novembro, que todos os seus camiões em Moçambique fossem estacionados em locais seguros. As empresas de combustíveis do Maláui também suspenderam parcialmente a importação do produto através do porto da Beira.
O porta-voz da Companhia Nacional de Petróleo do Maláui, Raymond Likambale, informou que, à luz das perturbações causadas pelos distúrbios pós-eleitorais, o combustível será importado através da Tanzânia, apesar de a distância do porto de Dar-Es-Salaam ao Maláui ser muito maior do que a da Beira.
A situação é susceptível de agravar a escassez de combustível no sul do Maláui, em particular na cidade de Blantyre.
Likambale disse que a mudança para Dar-Es-Salaam durará até ao fim da actual agitação em Moçambique. A alternativa óbvia é o porto de Nacala, tendo o responsável dito que um milhão de litros de gasóleo está actualmente a caminho do Maláui a partir de Nacala.
“A circulação de comboios ao longo do corredor ferroviário de Nacala é limitada: desordeiros atacaram e incendiaram um comboio de mercadorias na passada terça-feira (10)”, disse.
De acordo com a Autoridade Reguladora da Energia do Maláui, em circunstâncias normais, o país importa 50% do seu combustível através da Beira, 20% através de Nacala e 30% através de Dar-Es-Salaam.