O ouro está a negociar em ligeira alta e encaminha-se para fechar a semana no verde, à boleia de um reforço das reservas deste metal precioso por parte do banco central chinês e das expectativas de um novo corte nas taxas de juro por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
Nem a desvalorização de quase 1% registada esta quinta-feira (12), com os investidores a aproveitarem para retirar mais-valias, está a desencaminhar o ouro, que se prepara para fechar a semana a crescer quase 2%. A esta hora, o metal amarelo valoriza 0,06% para 2682,28 dólares por onça, muito perto dos máximos históricos atingidos em finais de Outubro.
Um corte de 25 pontos base pela Fed, já na próxima semana, está praticamente incorporado no mercado, mas os investidores antecipam uma pausa no ciclo de flexibilização da política monetária em Janeiro. “Penso que a Fed irá, de facto, efectuar o corte esperado de 25 pontos, mas o gráfico de pontos deverá tornar-se menos “dovish”. Embora isso deva dar ao ouro algum impulso na próxima semana, não deve afectar muito as negociações”, disse Matt Simpson, analista do City Index, à Reuters.
O ouro tende a beneficiar de uma política monetária mais flexível, uma vez que não rende juros. Só este ano, o metal precioso avançou quase 30%, impulsionado ainda por uma corrida ao ouro por parte dos bancos centrais mundiais e por um adensar das tensões geopolíticas no Médio Oriente e na Ucrânia.