As bolsas asiáticas encerraram a derradeira sessão da semana em baixa, numa altura em que as autoridades chinesas falharam, mais uma vez, a devolver a confiança e o optimismo aos mercados. Isto depois de a conferência anual económica do país ter terminado sem grandes pormenores sobre políticas fiscais e só com algumas menções a estímulos ao consumo.
As acções chinesas lideraram as quedas da sessão, com o Hang Seng de Hong Kong e o Shanghai Composite a caírem 1,7%. Ainda assim, a promessa das autoridades do país de reduzir as taxas directoras e os rácios de reserva dos bancos levou a que as taxas de juro das dívidas a 10 anos caíssem abaixo de 1,8% – a primeira vez que tal acontece na história.
“O mercado ainda tinha alguma esperança de que esta conferência anual fornecesse mais pormenores sobre os pacotes de estímulo ao consumo e a liquidação das acções imobiliárias, mas os resultados foram um pouco decepcionantes”, afirmou Jason Chan, do Bank of East Asia. “Os investidores poderão mesmo ter de esperar pela implementação de mais políticas fiscais no primeiro trimestre de 2025”, acrescentou.
Já no Japão, o Topix e o Nikkei 225 também encerraram em queda, com os dois principais índices a recuarem cerca de 1%, esta sexta-feira (13). Os investidores continuam divididos em relação ao futuro da política monetária do país. Embora uma nova subida nas taxas de juro seja certa, ainda existem reservas sobre quando poderá acontecer.
Na Coreia do Sul, o Kospi já conseguiu recuperar de todas as perdas que registou depois de o Presidente ter decidido impor a lei marcial no país, uma decisão que foi rapidamente revertida pelo Parlamento sul-coreano. O principal índice do país asiático avançou 0,50%.
Pela Europa, a desilusão com as autoridades chinesas também está a pesar e a negociação de futuros aponta para uma abertura em território negativo.