As Reservas Internacionais Líquidas (RIL) recuaram ligeiramente em Novembro, pelo segundo mês consecutivo, para 3,6 mil milhões de dólares (227,5 mil milhões de meticais), mas o Banco de Moçambique (BdM) garantiu que as mesmas têm potencial para cobrir mais de cinco meses de importações, excluindo os grandes projectos.
“As reservas são suficientes para cobrir 3,9 meses das necessidades de importação estimadas para este ano, e mais de cinco meses excluindo os grandes projectos, essencialmente de mineração e gás natural”, explicou o banco central através de um documento.
A instituição recordou que “essas reservas em moeda estrangeira tinham crescido em Janeiro deste ano para quase 3,6 mil milhões de dólares, que foi então o valor mais elevado desde Setembro de 2021, e que atingiram em Julho os 3,8 mil milhões de dólares, um recorde em três anos.”
Em Outubro as reservas recuaram 1%, o que se repetiu em Novembro, situação influenciada sobretudo pelas transferências dos bancos, no valor de 142,8 milhões de dólares, mas que também aprovisionaram 104 milhões de dólares. No espaço de um mês, as reservas contaram também com um reforço de 12,5 milhões de dólares relativos a juros de depósitos.
“Não vamos ‘queimar’ reservas e não estamos a ‘queimar’ reservas. Elas continuam ali para permitir o funcionamento normal do nosso país e das nossas instituições”, afirmou o governador durante o 49.º Conselho Consultivo do Banco de Moçambique, realizado em Maputo.
Zandamela destacou ainda que, apesar dos desafios, o desempenho macroeconómico de Moçambique tem mostrado sinais positivos. O Produto Interno Bruto cresceu 4,5% no segundo trimestre de 2024, impulsionado sobretudo pela indústria extractiva.