Em dia de decisão do banco central da Europa, as bolsas europeias apontam para uma abertura sem grandes movimentações, enquanto as principais praças asiáticas encerram a penúltima sessão da semana com grandes valorizações.
O Japão encabeçou os ganhos na região, com o Topix a valorizar 1,1% e a ultrapassar, pela primeira vez desde meados de Outubro, os 40 mil pontos, à boleia de um crescimento das acções do sector dos semicondutores. O Nikkei 225 também encerrou em alta de 1,6%.
O desempenho destes dois principais índices nipónicos segue-se a um “rally” do tecnológico Nasdaq na sessão desta quarta-feira (11), que o levou a ultrapassar, pela primeira vez na história, os 20 mil pontos. O corte nas taxas de juro esperado para a próxima semana por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana tem estado a dar impulso ao índice, depois de os dados da inflação de Novembro nos Estados Unidos da América terem ficado em linha com as expectativas.
Pela China, o Hang Seng, em Hong Kong, valorizou 1,8%, enquanto o Shanghai Composite registou ganhos mais modestos de 0,8%. Esta quinta-feira, termina a reunião anual do “Central Economic Work Conference” (CEWC), onde as autoridades chinesas estão a delinear as políticas que vão definir o caminho económico do país no próximo ano.
“A conclusão do CEWC deve trazer mais clareza sobre a trajectória política na China, o que, por sua vez, se deve reflectir no tom da reunião do Politburo [Comité Central do Partido Comunista Chinês] já próximo ano”, explicou Marvin Chen, analista da Bloomberg Intelligence.
Na Coreia do Sul, o Kospi continua a recuperar das mais recentes quedas espoletadas pela situação de instabilidade política, depois de o Presidente sul-coreano ter instaurado uma lei marcial no país, uma decisão rapidamente revertida pelo Parlamento. Este índice terminou a sessão a valorizar 1,8%.
Esta quinta-feira, as atenções dos investidores viram-se para a Zona Euro, mais concretamente para o BCE. A autoridade monetária deve voltar a cortar as taxas de juro em 25 pontos base (o quarto alívio do ano desta magnitude), mas os traders vão estar principalmente atentos ao discurso da presidente do banco central, Christine Lagarde, à procura de pistas sobre o futuro da política monetária de uma das maiores zonas económicas do mundo.