Depois de ter atingido o valor mais elevado num mês durante a madrugada, o ouro está agora a recuar ligeiramente com a retirada de mais-valias. A reunião da Reserva Federal (Fed) norte-americana da próxima semana pode materializar-se como um novo catalisador para este metal precioso, numa altura em que os investidores apontam para um corte nas taxas de juro de 25 pontos base em Dezembro, mas uma pausa no ciclo de alívio monetário em Janeiro.
O ouro perde 0,03% para 2717,37 dólares por onça, depois de ter atingido os 2725,79 dólares durante a madrugada, o valor mais elevado desde 6 de Novembro. Em finais de Outubro, o metal amarelo atingiu máximos históricos de 2790,07 dólares, mas desde aí tem enfrentado dificuldades em conseguir arranjar novos catalisadores.
Esta queda “representa apenas uma retirada de mais-valias, porque assistimos esta semana a uma boa recuperação do ouro devido a diversos factores, incluindo uma escalada das tensões geopolíticas, à retoma das compras pela China e aos números da inflação em linha com as expectativas”, explicou Ajay Kedia, director da Kedia Commodities, à Reuters.
De acordo com a FedWatch Tool da CME, os investidores apostam numa probabilidade de quase 100% de um novo corte de 25 pontos base por parte da Fed em Dezembro, em contraste com os 86% registados antes de se conhecerem os dados da inflação. O ouro tende a beneficiar de uma política monetária mais flexível, uma vez que não rende juros.