O ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, afirmou esta quinta-feira (12), em Maputo, que Moçambique continua a demonstrar resiliência económica, apesar da redução de 3% no investimento directo estrangeiro em comparação com 2023.
A declaração foi feita durante um Economic Briefing organizado pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), subordinado ao tema “Dinâmicas de Negócios no 3.º Trimestre e Análise da Conjuntura Actual”.
Magala destacou que o ano em curso tem sido caracterizado por desafios impostos pela conjuntura económica global, incluindo o abrandamento da economia mundial e o agravamento das tensões geopolíticas. Estas condições adversas impactaram o fluxo de investimento directo no País, representando um obstáculo ao desenvolvimento de sectores-chave.
Contudo, o governante sublinhou que, apesar destas adversidades, as perspectivas económicas de Moçambique permanecem promissoras, especialmente a médio e longo prazo.
“A taxa de crescimento do PIB foi de 5,4% em 2023 e, para este ano, prevê-se um crescimento moderado de 4,3%. A partir de 2027, estima-se um crescimento robusto em torno de 13%, impulsionado pela implementação de grandes projectos de gás e petróleo na bacia do Rovuma”, afirmou o ministro.
Durante o evento, foram ainda discutidos os desafios estruturais que o País enfrenta, incluindo a necessidade de melhorar as infra-estruturas de energia, a conectividade, o transporte e os serviços logísticos, essenciais para alavancar o crescimento económico sustentável baseado na exploração das vastas riquezas naturais de Moçambique.
A CTA enfatizou a importância de reforçar a colaboração entre o Governo e o sector privado para mitigar os impactos da conjuntura económica global e maximizar as oportunidades futuras.
O evento reuniu diversos actores económicos e permitiu uma análise detalhada do desempenho económico no terceiro trimestre de 2024, cujos detalhes serão publicados pelo Diário Económico nos próximos dias.
Texto: Felisberto Ruco