O Presidente da República, Filipe Nyusi, recebeu nesta terça-feira (10), um grupo de 75 formadores nacionais regressados do Brasil, no quadro da troca de experiências e formação profissional, informou a Agência de Informação de Moçambique.
De acordo com o órgão, os formandos leccionam, em Moçambique, os cursos de agricultura e de agro-pecuária. No Brasil, os mesmos formandos beneficiaram da troca de experiências e da formação em matéria de análise de solos, mecanização agrícola, sistemas de rega, metodologias de ensino, certificados vocacionais, sistemas de rega gota a gota, aspersão e uso de urina de vaca visando a melhoria da germinação de plantas.
Na ocasião, o Presidente da República informou que o País tem capacidade de fazer muito mais, apontando como exemplo o Instituto Privado de Manica que produz leite e queijo. “Tenho a certeza que tal é possível em Moçambique. Podemos, em três anos, formar pessoas que sabem fazer”, disse, para depois explicar que um dos objectivos do Executivo ao criar os institutos de formação profissional é torná-los autónomos.
No encontro, Filipe Nyusi questionou os formadores se os jovens brasileiros praticavam agricultura ou se era apenas uma actividade de pessoas da terceira idade. Em resposta, uma das formadoras esclareceu: “Eles já vêm de um histórico familiar, pois têm pais agricultores e fazendeiros.”
Mety Gondola, secretário da Secretaria de Estado de Emprego e Formação Profissional (SEJE), sublinhou que, entre 2017 e 2018, cerca de 60 formadores beneficiaram da formação na área de agro-pecuária, para além de outros 61 que tiveram formação na especialidade de construção civil.
“Deste grupo de 75 formadores, 26 são do sexo feminino. Continuamos a encorajar a participação das mulheres e, neste processo, contamos com o apoio do Brasil e do Banco Mundial”, referiu Gondola.
Estas acções de formação visam melhorar a capacidade técnica e o reforço do ambiente de ensino e aprendizagem ao nível dos institutos de formação técnico-profissional de Moçambique.