O Governo do Botsuana estabeleceu uma parceria com os países do G7, um grupo que reúne as sete maiores economias do mundo, para criar um nó de certificação de exportação de diamantes no país. A iniciativa tem como objectivo melhorar a rastreabilidade e a transparência no comércio de diamantes entre o Botsuana e os mercados do G7 até 2025.
De acordo com o Presidente de Botsuana, Duma Boko, o país está comprometido em ser pioneiro na rastreabilidade e em práticas de mineração responsáveis. “Queremos garantir que os nossos diamantes não brilhem apenas pela sua beleza, mas também incorporem integridade e uma gestão ética”, destacou Boko.
A nova plataforma de certificação baseia-se num quadro criado pelo Botsuana e a Bélgica no início de 2024. Esta colaboração segue o lançamento do primeiro nó de certificação para verificação da origem de diamantes em bruto na Europa, ocorrido em Março de 2024. Segundo a União Europeia, a certificação aumentará a confiança dos investidores na indústria de diamantes de Botsuana.
Além disso, o licenciamento deverá estimular o fluxo de investimentos ao longo da cadeia de valor do país. A plataforma vai assegurar que os diamantes extraídos sejam rastreados de forma transparente, atendendo aos requisitos internacionais de sustentabilidade e ética no sector.
A equipa técnica de diamantes do G7 também planeia colaborar com outros mercados africanos de diamantes, como Angola e Namíbia, para desenvolver nós adicionais de certificação. Tom Alweendo, ministro das Minas e Energia da Namíbia, saudou essa iniciativa, destacando a importância de evitar interrupções no comércio de diamantes entre os mercados africanos e os países do G7.
Alweendo enfatizou ainda o compromisso da Namíbia em integrar esses novos nós ao Sistema de Certificação do Processo Kimberley, reforçando a transparência e a sustentabilidade no comércio de diamantes global.
Fonte: Energy Capital & Power