O ouro está a negociar praticamente inalterado esta quarta-feira (11), depois de ter tocado em máximos de duas semanas, à boleia de uma escalada das tensões geopolíticas e de um aumento das expectativas em relação a um novo alívio nas taxas de juro por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
O metal precioso recua uns ligeiros 0,03% para 2693,57 dólares por onça, depois de ter chegado a alcançar os 2728,60 dólares durante a madrugada, o valor mais elevado desde 25 de Novembro.
Os investidores aguardam, agora, para conhecer a evolução da inflação relativa ao mês de Novembro nos Estados Unidos da América (EUA). As previsões apontam para uma aceleração do Índice dos Preços no Consumidor de 2,6% para 2,7%, com a inflação a continuar numa trajectória de ligeira ascendência na maior economia do mundo.
Apesar destas previsões, os mercados continuam a apontar para um corte de 25 pontos base na reunião da Fed da próxima semana, mas esperam que o banco central interrompa o ciclo de alívio da política monetária em Janeiro. “Uma evolução da inflação dentro das expectativas dá luz verde à Fed para cortar na próxima semana e isso pode ser o catalisador que precisamos de ver para o ouro”, avançou Kyle Rodda, analista de mercados financeiros da Capital.com, à Reuters.
Na frente geopolítica, Israel afirma ter atingido a grande maioria do arsenal bélico sírio e duas instalações da marinha do país, alimentando as preocupações com a situação no Médio Oriente.