A Near Space Labs, uma empresa aeroespacial americana, criou uma rede de balões de alta altitude que fornecerá imagens de alta resolução de zonas propensas a fenómenos meteorológicos extremos.
De acordo com um comunicado da empresa, os balões recém-implantados estão equipados com robôs com Inteligência Artificial (IA) chamados “Swifts”, capazes de captar imagens com uma resolução de sete centímetros por pixel.
Segundo a Near Space Labs, operando na estratosfera a altitudes duas vezes superiores às dos aviões comerciais, mas inferiores às dos satélites de observação da Terra, cada Swift pode captar até 1000 quilómetros quadrados de imagens por voo – aproximadamente o tamanho dos cinco distritos da cidade de Nova Iorque. Para além disso, a rede dos “Swifts” atinge alturas de até 25 900 metros.
A ideia começou com seguradoras. “Muitas companhias de seguros ainda dependem de métodos de recolha de dados aéreos da década de 1950 para avaliar os riscos climáticos de 2024”, explica a startup.
“Com os nossos balões e os nossos Swifts, as companhias de seguros podem ter acesso à informação logo após a catástrofe, avaliar os danos e pagar as indemnizações em poucos dias, em vez de semanas e meses”, explicou Rema Matevosyan, CEO da Near Space Labs, à NBC.
A recente implantação foi projectada para ser benéfica, especialmente para o mercado de seguros residenciais dos EUA, que tem lutado para salvaguardar os investimentos devido ao número crescente de edifícios destruídos por desastres relacionados com o clima e aos custos crescentes de reconstrução de casas causados pela inflação.
Em 2023, o sector sofreu um prejuízo líquido de 15,2 mil milhões de dólares (cerca de 971 biliões de meticais), o pior desde 2000.
“Quando se considera que apenas 6% dos 250 mil milhões de dólares (15,9 biliões de meticais) de prejuízos causados pelo furacão Helene podem ser cobertos por seguros, torna-se claro que os métodos desactualizados de avaliação de riscos estão a criar um efeito dominó”, lê-se no comunicado.
A falta de dados leva a uma fixação inadequada dos preços das apólices, explica a Space, o que conduz a perdas para as companhias de seguros, e acaba por forçar as seguradoras a abandonar mercados inteiros, deixando os proprietários de casas incapazes de garantir hipotecas“, concluiu a empresa.
Fonte: Zap Aeiou