O anúncio das autoridades chinesas de que o país iria adoptar umas políticas monetárias “moderadamente flexíveis” já no próximo ano ainda animaram as bolsas asiáticas no início da sessão, mas este grande entusiasmo foi ‘sol de pouca dura’.
O CSI 300 – benchmark para a negociação da China Continental – chegou a avançar nos 3,3%, mas até ao final da sessão reduziu os ganhos para apenas 0,73%. Em Hong Kong, o Hang Seng encerrou praticamente inalterado, enquanto o Shanghai Composite registou ganhos moderados de 0,6%.
As atenções dos investidores viram-se, agora, para a conferência anual, realizada à porta fechada, do “Central Economic Work Conference”, que começa já na quarta-feira (11). Os mercados estão à procura de medidas específicas para estimular o consumo no país, agora que as autoridades chinesas indicaram que iriam aliviar a política monetária e encetar uma política orçamental “mais pró-activa”.
“O que eles estão realmente a tentar fazer com estas políticas é algo que se dirija ao consumidor – e esse é realmente o cerne dos problemas [da economia chinesa]”, começa por afirmar Burns McKinney, gestor de fundos do NFJ Investment, à Bloomberg. “Se conseguirem fazer isso, então podem realmente aproveitar uma classe média em expansão na China”, explica o analista.
Nas restantes praças asiáticas, a bolsa sul-coreana conseguiu acabar o primeiro dia à tona desde que o Presidente do país decidiu impor a lei marcial no país – um movimento rapidamente revertido pelo Parlamento. O Kospi encerrou a sessão desta terça-feira, 10 de Dezembro, com uma valorização expressiva de mais de 2%. Já pelo Japão, o Nikkei 225 valorizou 0,53%, enquanto o Topix cresceu 0,25%.
Pela Europa, o entusiasmo com o anúncio chinês também já parece ter desvanecido e a negociação de futuros aponta para uma abertura em território negativo.