Os preços do petróleo estão a negociar em território negativo esta terça-feira (10), numa altura em que as preocupações com um excesso de crude no mercado em 2025 estão a eclipsar o anúncio de uma política monetária mais flexível por parte das autoridades chinesas e o aumento das tensões geopolíticas no Médio Oriente.
A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI) – de referência para os Estados Unidos da América (EUA) – recua 0,53% para os 68,01 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – cai 0,44% para os 71,82 dólares por barril. Os dois índices chegaram a avançar mais de 2% na sessão de segunda-feira.
“Apesar dos receios que continuam a assolar o Médio Oriente, o mercado petrolífero parece estar mais focado e a preparar-se para um excedente de oferta na primeira metade de 2025”, afirma Priyanka Sachdeva, analista sénior de mercados da Phillip Nova. Desde meados de Outubro, o petróleo tem negociado num intervalo limitado, influenciado por uma série de factores de pressão e de impulso.
Uma das variáveis que tem exercido pressão sobre os preços do crude tem sido o abrandamento económico da China sentido nos últimos tempos, explicado por uma menor importação de petróleo por parte do país asiático – o maior consumidor mundial dessa matéria-prima.
Aliás, o abrandamento da China foi uma das razões que levaram mesmo a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) a decidir, na semana passada, adiar os seus planos de aumento da produção até Abril.