A direcção da fábrica Safira Mozambique Cerâmica informou nesta segunda-feira (9), que decidiu suspender temporariamente as suas actividades na sequência de uma greve violenta dos trabalhadores associada às manifestações gerais que acontecem no País, em protesto aos resultados eleitorais.
Numa nota partilhada, a empresa de capitais chineses revelou que o incidente aconteceu na sexta-feira, 6 de Dezembro, salientando que os grevistas se reuniram na sala de produção onde destruíram alguns equipamentos e usaram barras de ferro para agredir técnicos de nacionalidade chinesa.
“Durante a greve foram queimados pneus, danificadas viaturas dos funcionários da empresa e equipamentos das linhas de produção. A substituição do material de trabalho vai levar tempo, pois é necessário que seja solicitada a sua importação”, sustentou.
No documento salientou-se que a empresa “está a ser afectada pela situação turbulenta em Moçambique que prejudica todas as operações logísticas fazendo com que os produtos da empresa fiquem retidos no armazém e não possam ser expedidos normalmente”.
Localizada no distrito de Moamba, província de Maputo, a Safira Mozambique Cerâmica foi inaugurada em Setembro pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, e é fruto de um investimento de 140 milhões de dólares. A fábrica pertence ao grupo chinês Wang-Kand e empregava 800 trabalhadores locais.