A Unitrans, empresa especializada em soluções logísticas e de cadeia de abastecimento, manifestou preocupação com os impactos das mudanças climáticas sobre as operações agrícolas e logísticas em Moçambique, segundo informou o portal Engineering News.
De acordo com o CEO da empresa, Edwin Hewitt, eventos climáticos severos têm afectado não apenas a capacidade de produção e exportação, mas também as condições de vida das comunidades locais que dependem dessas actividades económicas.
A empresa, que desempenha um papel significativo na gestão de propriedades agrícolas de açúcar e noutros sectores, enfatiza que o clima adverso representa um desafio crescente para a sustentabilidade das operações no País.
Hewitt destacou que enfrentar as mudanças climáticas é uma responsabilidade conjunta, que exige esforços para mitigar emissões e investir em tecnologias mais limpas, mesmo num contexto económico desafiador.
No âmbito das suas actividades, a Unitrans adoptou medidas para reduzir a sua pegada de carbono, como a instalação de painéis solares e a utilização de tecnologia para monitorizar comportamentos de condutores, optimizando o consumo de combustível e reduzindo emissões.
Contudo, o CEO reconhece que implementar soluções de longo prazo, como a transição para veículos movidos a combustíveis alternativos, ainda exige investimentos significativos em infra-estruturas.
A empresa reforça também a importância de dados para a tomada de decisões estratégicas no sector logístico, propondo alternativas para melhorar rotas e reduzir custos operacionais, além de garantir a segurança e eficiência nas suas operações. Apesar dos desafios estruturais e económicos, a Unitrans mantém-se optimista quanto à resiliência dos sectores agrícola e logístico na região, incluindo Moçambique.
Por fim, Hewitt sublinha a necessidade de colaboração entre governos e o sector privado para desenvolver soluções que enfrentem os impactos das mudanças climáticas, assegurando a sustentabilidade das operações e das comunidades dependentes deste sector.