A queda do regime sírio está a dar ímpeto aos preços do petróleo na manhã desta segunda-feira, 9 de Dezembro, contribuindo para o aumento de tensões geopolíticas no Médio Oriente. Apesar de estar a negociar no verde, os ganhos do crude estão a ser reduzidos pelas perspectivas de um excedente de oferta para o próximo ano.
O West Texas Intermediate (WTI), de referência para os Estados Unidos, avança 0,79% para 67,73 dólares por barril, e o Brent, o benchmark para o continente europeu, recupera 0,70% para 71,62 dólares. Ambos os índices terminaram a sessão de sexta-feira com perdas superiores a 1%.
“Os desenvolvimentos na Síria adicionaram mais uma camada de incerteza política no Médio Oriente, o que está a dar algum apoio ao mercado petrolífero”, afirma Tomomichi Akuta, economista sénior na Mitsubishi UFJ Research and Consulting, à Reuters. No entanto, o analista refere que a fraca procura na China continua a ser o grande centro das atenções dos investidores e as políticas energéticas de Donald Trump podem levar a um aumento de crude no mercado.
A Saudi Aramco, conhecida por ser a maior exportadora de petróleo bruto do mundo, voltou a reduzir os preços para os seus clientes asiáticos, desta vez para o nível mais baixo desde o início de 2021. Um movimento que acontece depois de a Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) ter decido adiar novamente a introdução de mais petróleo no mercado.