Depois de ter suspendido a compra de ouro por seis meses, o banco central chinês voltou ao mercado para reforçar as suas reservas deste metal precioso, o que está a dar ímpeto aos seus preços. Isto numa altura em que as tensões geopolíticas continuam a aumentar no Médio Oriente, desta vez com o fim da dinastia Assad que ditou os destinos da Síria durante cinco décadas.
A esta hora, o ouro avança 0,59% para 2648,90 dólares por onça. O metal precioso está a viver o melhor período dos últimos 14 anos, ao crescer mais de 28% desde o início de 2024, à boleia de uma política monetária mais flexível nos Estados Unidos da América (EUA) e da compra da matéria-prima como um activo-refúgio por parte dos investidores.
“A decisão de aumentar as reservas de ouro, particularmente após a recente vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas, reflecte a abordagem proactiva que o banco central chinês está a ter para assegurar a estabilidade económica do país num contexto de instabilidade mundial”, explicaram analistas do OCBC, numa nota citada pela Reuters.
Os investidores viram, agora, as suas atenções para os dados da inflação nos EUA, que vão ser conhecidos esta quarta-feira (11). Espera-se que o índice de preços no consumidor tenha voltado a acelerar em Novembro, desta vez para os 2,7%, o que pode levar a Reserva Federal (Fed) norte-americana a reavaliar, mais uma vez, o futuro da política monetária do país.